quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Um balcao progride

Enquanto o oleo de tungue no tampo vai secando, resolvi usar o outro pedaco de muiracatiara 'com casca' que havia conseguido para fazer a base do futuro balcao, cujo formato final ainda permanece um manancial de duvidas para mim...


 Depois de par de dias considerando diferentes abordagens possiveis para a construcao da base, acabei por optar por uma saia vertical, com as emendas laterais em esquadria. Fiz os cortes tomando cuidados para houvesse minima perda de material, para permitir uma continuidade fluida das cores e padroes na emenda. Usando dado set na serra de bancada fiz um rebaixo na borda interna do topo das  pranchas ja serradas e entao a colagem, utilizando um pequeno bloco de madeira preso por grampos ao lado interno da emenda e que ainda recebeu uma fixacao adicional com parafusos apos a secagem da cola. Adicionalmente, a linha de cola foi ainda reforcada por milicavilhas (palitos de dente) na transversal da emenda. Montada a 'saia', serrei, encaixei e colei nos rebaixos do topo uma prancha de compensado de 20mm, 'prensada' com alguns parafusos. Quando a cola secou, os parafusos foram removidos e os furos preenchidos por milicavilhas, cola e serragem.

Serrei os pes de um barrote de itaubao. Uma leve modelagem com uma plaina bock, e cada um deles, fixo por um grampo, teve uma face colada `a face interna da saia com cola de poliuretano. Adicionamente uns retalhos foram igualmente colados, fixos por pinos F, para estabilizar as bases dos pes, juntamente com um longo e grosso parafuso no centro, atraves do compensado.

Como os pes traseiros ficaram sem apoio atras, colei e parafusei uma cantoneira para reforco.



Com isso, a construcao tendo resultado solida o bastante para eu poder caminhar em cima, hora de dar uma lixada e aplicar as devidas protecoes contra mofo e cupins, e entao dar por concluida essa fase de construcao da base.



Com a base feita, fiquei olhando a obra, ao vivo e em fotografias, pensando em como evoluir o movel pois, como ja mencionei na abertura, ainda nao tenho qualquer certeza quanto ao design. Inumeras hipoteses fermentando, ainda matutando fui consultar o travesseiro, confiando naquela funcao que o separador de orelhas executa em um inconsciente segundo plano. Acordei com a solucao, obvia.

E', como eu nao canso de afirmar, um perigo dar redea solta ao separador de orelhas!

Junto com a solucao, constatei o desgracado morador do sotao havia trabalhado em surdina durante todo o processo de construcao da base de forma a me conduzir ou, melhor, me embretar a uma forma construtiva da qual procuro fugir sempre que possivel.

O que creio, com alguma trepidacao, vira a seguir. (Se eu nao conseguir achar um jeito de escapar...)



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